terça-feira, 17 de junho de 2014

Painel discutirá “exercícios de infâncias e saberes docentes” no III Semin

O III Seminário Sobre Infância, que acontecerá juntamente com o VII Seminário de Educação, de 22 a 24 de outubro na Universidade Federal de Rondônia, campus Vilhena, terá um painel exclusivo para a explanação do tema “Exercícios de infâncias e os saberes docentes na Educação Infantil”.

Para composição de mesa nesta discussão, a comissão de organização do evento confirmou a presença das professoras Marli Lúcia Tonatto Zibetti e Bianca Santos Chisté. Ambas são docentes pesquisadoras da Universidade Federal de Rondônia.

Marli Lúcia Tonatto Zibetti é doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e desenvolve pesquisas da no campo da Educação e da Psicologia Escolar investigando principalmente os processos de escolarização, políticas públicas e formação de professores. Desde 2011 coordena o projeto de pesquisa com o tema “Políticas públicas de educação e de saúde para o enfrentamento das dificuldades escolares”.

Bianca Santos Chisté é doutoranda em Educação Matemática (UNESP/Rio Claro) e possui experiência na área de Educação Infantil, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, com ênfase em Formação de Professoras/es, Ensino e Aprendizagem, conhecimento matemático na primeira infância e práticas sociais de leitura e escrita. Coordena o projeto “A criança e suas experiências matemáticas: em busca do que está por trás do espelho”.


Professoras da Unir: Bianca Chisté e Marli Zibetti


Fonte: GEP e Plataforma Lattes/CNPq

VII SED tem presença confirmada do Dr. Luiz Passos em conferência

Confirmada a presença de Luiz Augusto Passos no VII Seminário de Educação, que acontecerá de 22 a 24 de outubro em Vilhena. O professor fará a conferência de abertura com o tema “Formação de professores para a Justiça Social: reflexão e desafios”.

Luiz Augusto Passos é professor doutor em Educação associado à Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT e atua nos temas relacionados a movimentos sociais, educação popular freiriana e populações em condição de vulnerabilidade. Atualmente coordena os projetos de pesquisa e extensão sobre “População em vulnerabilidade vivendo na/da rua”, com abrangência nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.


Prof. Dr. Luiz Augusto Passos (UFMT)


Fonte: GEP e Plataforma Lattes/CNPq

Resumo expandido: Conheça o trabalho do GETEMAT em Vilhena

GETEMAT – uma experiência de formação de professores dos anos iniciais em uma comunidade de aprendizagem*

Maria Cândida Müller
Universidade Federal de Rondônia/Campus de Vilhena



GRUPO DE ESTUDO E TRABALHO PEDAGÓGICO DE ENSINO DE MATEMÁTICA (GETEMAT)
Vilhena, RO

Resumo:

O grupo GETEMAT se originou do Projeto de Pesquisa GETEMAT– GRUPO DE ESTUDO E TRABALHO PEDAGÓGICO DE ENSINO DE MATEMÁTICA: Formação Continuada de Professores dos Anos Iniciais Para o Ensino de Matemática. O grupo constituído por docentes da educação básica (professoras dos anos iniciais da rede municipal de Vilhena), futuros professores (estudantes de graduação em Pedagogia) e docentes da universidade. Nas reuniões do GETEMAT se procura discutir a prática das professoras envolvidas no projeto seguindo os princípios de um grupo de trabalho colaborativo. A partir do referencial teórico proposto por Cochran-Smith; Lytle e pelos documentos produzidos pelo GETEMAT ao longo de dois anos e meio,  pode-se afirmar que o GETEMAT se constitui em uma Comunidades de aprendizagem do professor.
Palavras-chave: Educação Matemática. Formação de Professores. Anos Iniciais. Comunidades de Aprendizagem.

1.                  O início do GETEMAT

O grupo GETEMAT se originou do Projeto de Pesquisa GETEMAT– GRUPO DE ESTUDO E TRABALHO PEDAGÓGICO DE ENSINO DE MATEMÁTICA: Formação Continuada de Professores dos Anos Iniciais Para o Ensino de Matemática, proposto por mim como docente do Curso de Pedagogia do Campus de Vilhena da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), que foi submetido e aprovado pelo CNPq, através do Edital nº55/2008 – CT Amazônia.
A proposta de formação continuada em serviço desenvolvida pelo GETEMAT foi baseada em experiências realizadas na área de formação de professores que privilegiam o acompanhamento do professor durante sua capacitação e a efetiva integração dos estudos realizados ao seu cotidiano na escola, através dos grupos de trabalho.  O trabalho de pesquisa foi desenvolvido a partir de dois eixos principais: o primeiro contemplou a organização de cursos específicos de aprimoramento do conhecimento matemático relacionado aos conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental; o segundo, e eixo principal da proposta, era a formação de grupos de estudo para discussão de aspectos teóricos relevantes à prática em sala de aula, estudando os diversos conteúdos de Matemática sob a óptica do ensino dos mesmos nos anos iniciais do Ensino Fundamental que originou o grupo GETEMAT.
Uma primeira ideia do projeto GETEMAT era a de que seria desenvolvido segundo os princípios da pesquisa-ação, pois além de coletar dados para o estudo de uma proposta de formação continuada, sempre houve a intenção de promover mudanças no trabalho em sala de aula do professor que participasse do projeto, possibilitando que seus alunos tivessem um ensino mais qualificado e significativo.
Segundo Thiollent (1996), a pesquisa-ação é uma estratégia metodológica na qual há uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada. Desta interação resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem pesquisados e as soluções a serem encaminhadas. Nesta perspectiva, as  pautas das reuniões do grupo GETEMAT, ao longo de dois anos e meio de sua implantação, sempre foram propostas pelas professoras dos anos iniciais que atuavam na rede municipal de Vilhena (RO), e procuravam atender as demandas e solicitações das participantes do grupo.

2.                  Comunidades de Aprendizagem e o GETEMAT

Nas reuniões do GETEMAT se procurou discutir a prática das professoras envolvidas no projeto seguindo os princípios de um grupo de trabalho colaborativo, que pode ser caracterizado, de acordo com Fiorentini (2004, p. 59-60) da seguinte forma:
[...] a participação é voluntária e todos os envolvidos desejam crescer profissionalmente e buscam autonomia profissional; há um forte desejo de compartilhar saberes e experiências, reservando, para isso, tempo livre para participar do grupo; há momentos, durante os encontros, para bate-papo informal, reciprocidade afetiva, confraternização e comentários sobre experiências e episódios da prática escolar ocorridos durante a semana; os participantes sentem-se à vontade para expressar livremente o que pensam e sentem e estão dispostos a ouvir críticas e a mudar; não existe uma verdade ou orientação única para as atividades. Cada participante pode ter diferentes interesses e pontos de vista, aportando distintas contribuições e diferentes níveis de participação; as tarefas e atividades dos encontros são planejadas e organizadas de modo a garantir que o tempo da reunião do grupo seja o mais produtivo possível; a confiança e o respeito mútuo são essenciais ao bom relacionamento do grupo; os participantes negociam metas e objetivos comuns, corresponsabilizando-se para atingi-los; os participantes compartilham significados acerca do que estão fazendo e aprendendo e o que isso significa para suas vidas e prática profissional; [...] produzir e sistematizar conhecimentos através de estudos investigativos sobre a prática de cada um; reciprocidade de aprendizagem.

Assim, a proposta do grupo GETEMAT, grupo constituído por docentes da educação básica (professoras dos anos iniciais da rede municipal de Vilhena), futuros professores (estudantes de graduação em Pedagogia) e docentes da universidade, tornou-se um espaço privilegiado de formação continuada, constituindo-se ao longo do tempo em uma comunidade de aprendizagem. Nas reuniões do grupo são discutidos temas como: a formação da professora dos anos iniciais; a natureza do conhecimento matemático; estratégias para o ensino dos conceitos matemáticos; utilização de materiais didáticos, jogos e outros recursos no desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Comunidades de aprendizagem do professor, de acordo com Cochran-Smith; Lytle (2002), de forma geral é um termo utilizado para se referir a projetos, programas, cooperativos e colaborativos de futuros professores, professores com experiência em parceria com um professor da universidade, que apoia a educação continuada dos participantes do grupo. As autoras também definem as comunidades como grupos formados por professores novos e experientes que se reúnem durante um tempo, objetivando obter novas informações, reconsiderar seu conhecimento e suas crenças prévias e construir suas próprias ideias e experiências a fim de melhorar sua prática e a aprendizagem dos seus alunos tanto da educação básica quanto de outros segmentos de ensino. Nesta perspectiva, se pode afirmar que o GETEMAT se constituiu em uma comunidade de aprendizagem do professor.

Referências

COCHRAN-SMITH, M.; LYTLE, S. L. Teacher Learning Communities. Encyclopedia of Education.  2nd Edition. J. Guthrie (P.). New York: Macmillan, 2002.
FIORENTINI, D. Pesquisar práticas colaborativas ou pesquisar colaborativamente? In: Borba, M. (org.) Pesquisa qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.  P. 47-76.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1996.


* Trabalho apresentado no IV SHIAM - Seminário Nacional de Histórias e Investigações de/em aulas de Matemática, Unicamp, 2012.

Fonte: GETEMAT

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vilhena sediará VII SED junto com III Seminário sobre Infância

Sob o tema “Formação de Professores para a Justiça Social”, a organização do VII Seminário de Educação e do III Seminário sobre Infância divulga os primeiros resultados da programação 2014. Neste ano os eventos serão realizados simultaneamente, no período de 22 a 24 de outubro, em Vilhena.

Na programação estão previstas, inicialmente, duas conferências, duas mesas-redondas, apresentação de trabalhos orais com temáticas divididas por grupos de trabalho no decorrer do evento. Haverá ainda um espaço para relatos de experiências de professores da Educação Infantil, como forma de divulgar e valorizar as práticas educativas em sala de aula.

Presenças confirmadas - O professor doutor Luiz Augusto Passos (UFMT) fará a conferência de abertura com o tema “Formação de professores para a Justiça Social: reflexão e desafios”. E no painel “Exercícios de infâncias e os saberes docentes na Educação Infantil” estarão as professoras Marli Lúcia Tonatto Zibetti e Bianca Santos Chisté. Ambas são docentes pesquisadoras da Universidade Federal de Rondônia.

Vale a pena ficar atento, pois as vagas são limitadas, 250 no total. A previsão é que a partir de julho comecem as inscrições aos interessados em comunicar trabalhos orais ou por banners, e em agosto, inscrições de ouvintes.

Mais informações serão divulgadas pelo blog GEP em breve.